Osteoporose no quadril: quais sintomas e como tratar?

Dr. Ricardo Kirihara • jan. 28, 2021
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A osteoporose é uma doença que pode atingir todos os ossos do corpo humano e está relacionada à menor absorção de cálcio nos ossos. 

Isso leva à perda de massa óssea e à fragilização dos ossos que, consequentemente, aumenta a chance e a facilidade de ocorrerem as fraturas.

A osteoporose está associada ao envelhecimento, afeta mais as mulheres que os homens e acomete, principalmente, os ossos do punho, da coluna e do quadril. 

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A osteoporose pode ser dividida em diferentes tipos:

  • pós menopausa: mulheres após menopausa;
  • senil: maiores de 70 anos;
  • secundária: pacientes com doenças hepáticas, renal, endócrina, hematológica ou por uso de medicamentos como corticoides.

Quais os sintomas da osteoporose?

A osteoporose pode não provocar sintomas. Dessa maneira, a dor pode acontecer já em situações mais avançadas, como nos casos de fraturas espontâneas ou com mínimos esforços.

Por isso a importância de fazer um acompanhamento periódico de modo a identificar a osteoporose em seus níveis iniciais e adotar o tratamento adequado. 

Além disso, é comum que ocorra o encurvamento da coluna e diminuição da altura devido ao achatamento das vértebras. 

Quais fatores de risco para a osteoporose?

Existem um conjunto de fatores que influenciam no desenvolvimento da doença, por exemplo:

  • Menopausa: interrupção da menstruação leva à diminuição dos níveis de estrogênio (hormônio feminino que auxilia na manutenção da massa óssea);
  • Envelhecimento: perda da massa óssea pela idade;
  • Hereditariedade: antecedentes familiares de osteoporose;
  • Dieta pobre em cálcio: o cálcio é essencial para formação óssea;
  • Excesso de fumo e álcool: maior incidência nos etilistas e tabagistas;
  • Imobilização prolongada/sedentarismo: o exercício físico constitui um importante estímulo para a formação e fortalecimento ósseo;
  • Medicamentos: corticoides em tratamentos longos levam à redução de massa óssea.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico pode ser realizado a partir da identificação de fraturas típicas causadas pela osteoporose.

Todavia, o ideal será agir antes que este tipo de situação ocorra e o mais adequado seria o diagnóstico por meio da densitometria óssea. 

Assim, este exame mede a massa óssea na coluna e no fêmur, permitindo à avaliação e o seguimento do estágio da doença sendo que o valor de referência é < – 2, 5 DP no exame para fechar o diagnóstico. 

Como será o tratamento da osteoporose? 

O tratamento engloba uma série de medidas, como por exemplo, uma dieta adequada com suplementação de cálcio e vitamina D.

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Para a produção da vitamina D, o ideal é tomar sol sem filtro solar com o máximo de partes do corpo expostas por pelo menos 15 minutos ao dia. Preferencialmente antes das 10h e após as 15h.

Além disso, existem medicamentos que podem ser úteis, como os Bifosfonatos, Raloxifeno, Teriparatida e o  Ranelato de Estrôncio.

A realização de atividades físicas é também muito importante para estimular a produção óssea. 

Como prevenir a osteoporose?

A prevenção da osteoporose também envolve diferentes medidas, por exemplo:

  • Praticar exercícios físicos;
  • Cessar tabagismo; 
  • Evitar consumo de álcool e café;
  • Exposição solar;
  • Alimentar-se adequadamente.

Sabemos que a dieta é extremamente importante na prevenção da osteoporose, com a oferta adequada de cálcio desde a infância até a fase adulta. 

Assim, a recomendação de cálcio é de 1200 mg/dia para adultos e de 1500 mg para mulheres no período pós- menopausa. 

Além disso, a suplementação com vitamina D também auxilia na prevenção e tratamento de osteoporose. 

Existem alimentos prejudiciais à osteoporose:

  • Café, chás escuros, bebidas alcoólicas e dieta excessiva em fibras diminuem o aproveitamento do cálcio;
  • Gorduras da dieta aumentam à eliminação do cálcio pelas fezes;
  • Ácido oxálico presente em vegetais, trigo, feijão, cacau e chocolate formam complexos de cálcio eliminados nas fezes;
  • Refrigerantes do tipo cola possuem ácido fosfórico que prejudica a formação óssea;
  • Dieta rica em sal aumenta a excreção de cálcio na urina.

A prevenção de quedas é fundamental para evitar fraturas. Saiba como preveni-las!

Principalmente em pessoas mais idosas, a queda costuma ser um dos principais fatores de fraturas. 

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Dessa maneira, evitá-las é muito importante para a saúde  e algumas medidas são importantes.

  • Não deixe fios de telefone e televisão expostos, prenda-os bem;
  • Não deixe animais soltos pela casa nem objetos espalhados;
  • Use chinelos e sapatos confortáveis, com solado antiderrapante e evite usar calçados de salto alto e com solado liso;
  • Amarre os cordões dos sapatos quando estiver sentado;
  • Tenha piso antiderrapante na cozinha e banheiro, banco de plástico dentro do box para lavar os pés sentados e ducha móvel;
  • Não use tapetes e pisos escorregadios em casa, use tapetes de borracha no banheiro;
  • Utilize corrimão;
  • Mantenha o caminho entre o quarto e o banheiro muito bem iluminado, pois é nesse trajeto que ocorre o maior número de quedas em idosos;
  • Coloque barras de apoio próximas à cama, ao vaso sanitário e dentro do box do banheiro.

Além disso, quando acordar à noite, espere alguns minutos antes de se levantar para ir ao banheiro ou tomar água, principalmente, se você faz uso de algum remédio que provoca tontura, tais como anti-depressivos, anti-hipertensivo, ansiolíticos, analgésicos, etc.

É comum sentir tontura ao levantar-se rápido, portanto tome cuidado!

Outro ponto essencial é visitar seu oftalmologista com frequência, pois uma boa visão é fundamental para o bom equilíbrio.

A fratura atípica e a osteoporose

As fraturas atípicas são aquelas localizadas tipicamente em região subtrocantérica ou diafisária do fêmur, de traço transverso/oblíquo, não cominutivas e que apresentam pródromos de dor na coxa ou quadril.  

Apresenta elevada morbilidade e mortalidade de 25% aos 2 anos.

No geral, as fraturas subtrocantéricas atípicas têm uma incidência de 2,3/10000 habitantes/ano, tendo por definição origem em um evento traumático leve ou na ausência de traumatismo, com características clínicas típicas. 

Além disso, é importante ressaltar que o efeito terapêutico dos bifosfonatos na osteoporose resulta da sua atividade anti reabsortiva no osso, reduzindo o número de novos osteoclastos, diminuindo a sua atividade e estimulando a sua apoptose, levando à diminuição do turnover ósseo. 

Assim, a inibição forte e prolongada desta reabsorção desregula o “turnover” normal do osso, induzindo um processo de remineralização óssea, que aumenta a rigidez óssea (“frozen bone”) e leva a acumulação de microfissuras que podem evoluir para fraturas de fadiga.

Então, ao se diagnosticar uma fratura óssea atípica, é mandatório interromper a terapia anti-reabsortiva com bisfosfonatos. 

No geral, o  tratamento farmacológico da osteoporose é essencialmente baseado na administração de suplementos de cálcio e vitamina D. Se necessário, pode-se associar medicamentos que agem por outros mecanismos, como por exemplo a teriparatida. 

No que se refere a estas fraturas do fêmur, o tratamento deve ser cirúrgico com haste ou placa intramedulares.

Como vimos, a osteoporose é uma condição muito comum associada ao envelhecimento, que demanda atenção especial. 

Então, não deixe de cuidar da sua saúde e fazer um check up periódico, de modo a prevenir as fraturas provenientes deste problema. 

Caso sinta dores específicas na região do quadril, procure um ortopedista especialista em quadril para fazer um diagnóstico e tratamento adequados.

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