Você sente dor persistente na lateral do quadril, que piora ao subir escadas ou ao se deitar de lado? Pode ser tendinite glútea!
Essa é uma condição comum, especialmente entre mulheres acima dos 50 anos.
Saber reconhecer os sinais e buscar tratamento adequado é essencial para evitar que a dor se torne crônica e comprometa sua qualidade de vida.
Continue a ler esse artigo e entenda melhor!
O que é a tendinite glútea? Quais estruturas ela afeta?
A tendinite glútea é o acometimento das estruturas tendíneas dos glúteos por inflamação podendo gerar dor, incômodo ou irradiação para musculaturas relacionadas ao movimento.
Os tendões são estruturas que ligam os músculos aos ossos, possibilitando os movimentos.
Essas estruturas podem inflamar por diversas razões, gerando um problema agudo ou crônico.
Uma das principais razões é a fraqueza muscular, que leva a uma sobrecarga com maior facilidade.
A condição também pode ser conhecida como síndrome da dor do grande trocanter (SDGT), um termo usado para descrever a dor na região lateral do quadril.
Quais são as principais causas dessa condição?
A principal causa para o surgimento das tendinites ou tendinopatias glúteas é a sobrecarga das estruturas.
Ou seja, o paciente acaba exigindo demais da capacidade dos músculos e tendões.
A falta de preparo dessas estruturas causa fraqueza ou desequilíbrios musculares, que podem levar a danos e inflamações.
Esse desbalanço entre demanda e preparo muscular pode ocorrer tanto na prática de atividade física quanto em atividades do dia a dia, por meio de movimentos repetitivos ou relacionados à postura.
Dessa forma, a condição pode acometer tanto atletas quanto pessoas sedentárias.
Outras possíveis causas incluem:
- Alterações anatômicas no quadril que geram sobrecarga nos tendões;
- Atividades que causam impacto nos tendões;
- Posições e posturas inadequadas;
- Obesidade.
Quais os sintomas mais comuns da tendinite glútea?
As tendinites glúteas podem se manifestar de diferentes maneiras.
Os sintomas mais comuns incluem:
- Dor intensa na lateral do quadril, principalmente ao realizar esforços como sentar e levantar, subir e descer escadas;
- Dor irradiada para o joelho;
- Dor pior à noite, especialmente ao deitar sobre o quadril;
- Dor com mudança de temperatura;
- Dor ao manter a mesma posição por tempo prolongado;
- Limitação de movimentos e mobilidade;
- Maior sensibilidade na região lateral do quadril;
- Possível melhora da dor ao longo do dia.
Como realizamos o diagnóstico dessa condição?
Realizamos o diagnóstico por meio da análise da história clínica do paciente e exame físico no consultório.
Nesse sentido, algumas manobras específicas que reproduzem a dor do paciente também colaboram no diagnóstico.
Em alguns casos, pode ser necessário solicitar exames de imagem, como radiografias, ultrassonografia e ressonância magnética.
Quais são os principais tratamentos para a tendinite glútea?
O tratamento clínico geralmente apresenta bons resultados.
As medidas iniciais incluem:
- Repouso;
- Orientações para evitar fatores de risco, como atividades de impacto, deitar sobre o quadril e permanecer por longos períodos na mesma posição;
- Uso de medicação anti-inflamatória e analgésica;
- Aplicação de gelo;
- Fisioterapia motora com foco em analgesia, fortalecimento e alongamentos;
- Liberação miofascial;
- Tratamento com ondas de choque;
- Acupuntura no quadril.

Na falha dessas medidas iniciais, podemos indicar tratamentos mais invasivos:
- Infiltração no quadril com medicamentos;
- Cirurgias, que são reservadas para a minoria dos casos.
Importante:
A infiltração com corticoide diretamente no tendão, prática comum no passado, atualmente não é mais indicada, pois pode enfraquecer e até levar à ruptura dos tendões.
Quais medidas podemos tomar para prevenir a tendinite glútea?
A melhor forma de prevenir a tendinite glútea é manter o equilíbrio muscular por meio de:
- Atividade física regular e supervisionada;
- Fortalecimento da musculatura do quadril e core;
- Alongamentos frequentes;
- Correção postural;
- Evitar o sedentarismo;
- Manutenção do peso adequado.

Portanto, se você sente dores persistentes na região lateral do quadril, não ignore os sinais.
Contar com a avaliação do ortopedista especialista em quadril faz toda a diferença para um diagnóstico preciso e tratamento eficaz.
Agende sua consulta agora mesmo e retome sua qualidade de vida com segurança!